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Taxa Selic é mantida em 10,5% pela segunda vez consecutiva

Os juros básicos da economia estava em queda constante desde agosto de 2023, mas as reduções foram freadas em junho

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve, por mais uma vez, a taxa Selic, os juros básicos da economia, em 10,5% ao ano. A decisão foi tomada por unanimidade nesta quarta-feira (31), essa é a segunda manutenção seguida.

Em junho deste ano a delegação interrompeu o ciclo de cortes que já vinha desde agosto de 2023, totalizando sete quedas consecutivas da taxa. Até março, o Copom tinha reduzido o indicativo em 0,5 ponto percentual a cada reunião. Em maio, o corte foi de 0,25 ponto percentual.

Ao DM Anápolis, o economista Márcio Dourado já havia criticado a primeira manutenção dos juros básicos, realizada no último mês, destacando que os cortes ainda eram viáveis diante do cenário econômico. Em nota, o Copom justificou a decisão alegando que ela foi motivada pelo ambiente externo adverso, dentre outros fatores.

“O Comitê, unanimemente, optou por manter a taxa de juros inalterada, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam acompanhamento diligente e ainda maior cautela”, diz a nota.

A Selic, que significa sistema especial de liquidação e custódia, é a taxa que regulariza todas as outras taxas do mercado brasileiro e é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial. Desta forma, ela impacta diretamente os juros de financiamentos bancários, por exemplo, mas também castiga o empreendedor que precisa de crédito no país.

Inflação

Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve alta de 0,21%, ficando abaixo da taxa registrada em maio (0,46%). No ano, o IPCA acumula alta de 2,48% e no acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 4,23%, acima dos 3,93% observados nos 12 meses anteriores.

Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Segundo o Relatório de Inflação divulgado em junho pelo Banco Central, a inflação deve ficar em 4% em 2024. Já de acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,1%.

*Com informações da Agência Brasil

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