
O caminhoneiro Carlos Cardoso dos Santos será julgado em júri popular pela morte do jovem César Sakai Meireles Reis, de 24 anos, em maio de 2022. O rapaz, que estava numa motocicleta, foi atropelado pelo suspeito, que dirigia bêbado no momento do acidente, conforme concluiu o inquérito da Polícia Civil.
A decisão da Justiça foi publicada nesta terça-feira (12). Pela gravidade do caso, o Ministério Público de Goiás (MPGO) já havia pedido que o acusado fosse julgado por um júri popular. A juíza Lígia Nunes de Paula, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Anápolis, também entendeu que não houve necessidade de decretação de prisão preventiva e garantiu ao suspeito o direito de responder em liberdade.
Sakai foi morto no dia 21 de maio do ano passado, próximo ao viaduto do Recanto do Sol, no entroncamento das BRs-153 e 414. Depois do acidente, Santos teve constatada embriaguez, com 0,60 mg/l de álcool, mas foi solto logo em seguida após pagar fiança de R$ 2 mil.
No inquérito da Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (Dict), o delegado Manoel Vanderic concluiu que houve crime de homicídio doloso – uma vez que ele assumiu o risco de matar ao dirigir embriagado – e também fuga do local sem prestar socorro. O suspeito já foi preso em 2021 por embriaguez, conforme a Polícia Civil.
Depois da tragédia, a família de Sakai fez várias manifestações de cobrança à Justiça para evitar que o caso caísse no esquecimento. Ao DM, a mãe da vítima, Tamai Sakai, relatou alívio com a decisão judicial. “Agora mais aliviada. (Espero que termine) Com a prisão dele para que mais nenhum filho, pai, irmão, aluno, amigo sejam vítimas desse cidadão”, disse.
Ainda não há data para o júri popular. A família de Sakai, todavia, espera que o caso seja julgado já em 2024.