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Veja como vai funcionar a nova Área Azul de Anápolis

O novo sistema de Área Azul em Anápolis vai ser bem diferente daquele que os mais velhos estão acostumados. Sai o antigo bloquinho do papel – que os condutores precisavam comprar para colocar no para-brisas dos veículos – e entra a tecnologia.

A Prefeitura, a partir de um decreto publicado na semana passada, já prepara a licitação para definir qual empresa será responsável por implementar o sistema. Todas as diretrizes já foram definidas no texto assinado pelo prefeito em exercício Márcio Cândido.

De acordo com o diretor de Trânsito e Transportes da Companhia Municipal de Trânsito e Transportes (CMTT), Igor Lino Siqueira, a ideia é facilitar a vida do motorista que precisa usar o estacionamento rotativo no Centro e, claro, otimizar a fiscalização.

“Vai funcionar de forma digital, através de celular, com aplicativo ou site. Ou o motorista também poderá procurar o local físico para colocar o crédito. Pelo aplicativo ou site também poderá adquiri-lo. O sistema, automaticamente, vai identificar que o veículo está na vaga e efetuar a cobrança também de forma automática e contabilizando o período de permanência”, explicou, em entrevista à Rádio Manchester.

Caso o motorista tenha crédito de duas horas, mas permaneceu um tempo menor, será debitado pelo sistema apenas o período em que ele utilizou a vaga. O restante permanece como crédito a ser usado noutra oportunidade. Os pagamentos poderão se dar via aplicativo ou presencialmente, com Pix, cartão de crédito ou débito e dinheiro.

Por lei, o período mínimo de permanência a ser debitado é de 30 minutos, e o máximo de duas horas. O decreto que estabelece a Área Azul determina preço de R$ 3 a hora para veículos de quatro rodas e R$ 1,50 para motocicletas.

Quando o tempo de permanência estiver próximo de se esgotar, o motorista receberá um aviso no telefone celular. Há um período de tolerância de até 15 minutos para que a vaga seja então desocupada. Caso o condutor não proceda com a liberação do espaço, um fiscal é direcionado – também a partir de uma notificação do sistema – para autuar o veículo, conforme norma do Código Brasileiro de Trânsito.

Os valores foram definidos a partir de um estudo técnico comandado pela CMTT em cidades vizinhas e também com mensuração de preços de estacionamentos privativos na região central. “Colocamos um valor bem abaixo dos privativos e numa média das cidades que pesquisamos”, asseverou o diretor.

“Aquele sistema antigo, de bloquinho, não é mais viável. A fiscalização não consegue autuar e é difícil para o condutor utilizar. Traremos a modernidade. Com tecnologia, teremos praticidade e agilidade para quem precisa vir à região central, em alguma loja, e dar garantia da rotatividade e democratização do estacionamento público”, completou Siqueira.

A licitação para contratar a empresa que implementará o sistema de Área Azul está em montagem pela Prefeitura e a ideia é tentar lançá-lo o mais breve possível para que o estacionamento rotativo já esteja implementado até o meio de 2024.

Conforme o decreto que regulamenta a Área Azul, no mínimo 10% do valor total arrecadado deverá ser direcionado à administração. Vencerá o certame aquela empresa que oferecer o maior percentual de repasse. Vale lembrar que o dinheiro do estacionamento rotativo será direcionado ao Instituto de Seguridade Social dos Servidores Municipais de Anápolis (ISSA), numa estratégia para reduzir o déficit previdenciário.

Hoje, são 830 vagas dispostas para a Área Azul na região central. Contudo, está no radar a expansão dos espaços, utilizando também outras centralidades comerciais, para elevar o montante para 3 mil.

“Nossa ideia é uma expansão para chegar a 1,5 mil vagas inicialmente. Depois, pensamos numa expansão para região comercial da Jaiara e do Jundiaí, talvez do Recanto do Sol. Isso de forma gradativa, até chegarmos às 3 mil vagas”, disse Siqueira.

Com  DM Anápolis

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