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Mineradoras em Goiás recebem financiamento dos Estados Unidos para exploração de terras raras
Para os Americanos, a medida visa reduzir a dependência norte-americana da China

As mineradoras com operações de terras raras em Goiás, a Serra Verde e a Aclara, em Minaçu e Nova Roma, realizaram um acordo de financiamento com o DFC (Development Finance Corporation), banco estatal dos Estados Unidos. A ação foi divulgada pela Folha de S.Paulo, nesta segunda-feira (15), e assegurou, respectivamente, um empréstimo de US$ 465 milhões (R$ 2,5 bilhões) para ampliação de produção e US$ 5 milhões (R$ 27,05 mi) para estudos de viabilidade. Os contratos permitem a conversão da dívida em ações, na caso da segunda.
Para os Estados Unidos, a medida visa reduzir a dependência norte-americana da China. O país da Ásia detém 60% da extração de terras raras no mundo e 90% da capacidade de refino. O Brasil possui a terceira maior reserva, atrás do gigante asiático e do Vietnã. Mas sobre terras raras, trata-se de um conjunto de 17 elementos químicos de difícil extração e refino. São destinados à transição energética e à defesa.
A Serra Verde é a única mineradora de terras raras em operação no Brasil, além de uma das únicas fora da China. O contrato com o banco não foi divulgado e a empresa informou que não se manifestaria acerca do tema. Contudo, para a Reuters, em dezembro, o presidente da Mineradora, Thras Moraitis, afirmou que o acordo com os chineses foi remodelado para que parte da produção pudesse ir para clientes ocidentais.
“Dentro de alguns anos, teremos algumas opções para separar as terras raras pesadas fora da China”, disse. Atualmente, somente refinarias da China e uma na Malásia podem separar os elementos de terras raras. Trata-se de processo para a obtenção dos óxidos de interesse da indústria automobilística e de defesa.
Agência de Notícias/ Folha de São Paulo




