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Forte calor leva dezenas de pessoas a buscar atendimento em hospitais de Goiás

Médico recomenda cuidados para evitar complicações. Período de temperaturas extremas pode levar até à morte

De setembro até a primeira quinzena de novembro, 35 pessoas procuraram unidades de saúde da rede estadual por conta do calor intenso. Segundo o Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde (Cievs), Secretaria de Estado de Saúde (SES), os atendimentos foram realizados em seis locais diferentes.

Entre as principais queixas dos pacientes que buscaram ajuda estavam a exaustão, síncope e insolação, por conta do calor e perda hídrica. Segundo a SES, antes do mês de setembro não houve registro de procura de pacientes com sintomas de problemas referentes ao calor intenso.

Médico infectologista, Marcelo Daher explica que as situações mais preocupantes atualmente estão relacionadas às doenças gastrointestinais. “Por conta do calor excessivo e baixa umidade, faz com que os alimentos se percam com muita facilidade”, explicou.

Daher destaca que, com a possibilidade de perda de alimentos, a combinação de contaminação com doenças gastrointestinais merece atenção das autoridades, pois os casos têm aumentado rapidamente.

“Algumas doenças exantemáticas, doenças virais que cursam com manchas no corpo e o risco de dengue, que volta agora com força, porque agora, com o calor extremo e chuva, é tudo que o mosquito gosta”, alertou o especialista.

“Teve chuva, então eles botaram os ovos, agora o calor faz com que os ovos eclodam e virem larvas. Então, isso tudo é excelente para o mosquito”, completou.

Para os dias de calor extremo, Daher destaca que a atenção deve ser voltada, principalmente, para as crianças muito pequenas e idosos, pois correm risco de desidratação, podendo causar problemas maiores como internação e até mesmo morte.

Confira as recomendações da Secretaria de Estado de Saúde: 

– Hidratação (beber bastante líquido);

– Evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia como entre 10 e 17 horas;

– Evitar a prática de exercícios físicos ao ar livre nos horários de maior calor;

– Deixar os ambientes ventilados e se possível umidificar os ambientes;

– Usar roupas leves e confortáveis para a pele;

– Informe-se sobre alertas e previsões meteorológicas no rádio, TV e mídias sociais;

– Não deixe crianças ou pessoas idosas sem vigilância em veículos estacionados;

– Para escolas, recomenda-se verificar a climatização das salas, orientar os alunos quanto à hidratação, ingestão de lanches leves, evitar as atividades  físicas ao ar livre, nos horários entre 10 e 17 horas;

– As empresas e indústrias devem observar os cuidados e recomendações com seus funcionários;

– O calor pode estragar mais rapidamente os alimentos se não conservados adequadamente causando intoxicação alimentar;

– Os cuidados devem ser redobrados no armazenamento de alimentos, pois o calor excessivo propicia o desenvolvimento de microrganismos indesejáveis e suas toxinas, o que leva à contaminação e, consequentemente, à deterioração dos  dos alimentos;

– Deve-se conservá-los em ambientes arejados, frescos e, se necessário, sob refrigeração, sempre seguindo as orientações do fabricante;

– Em caso de descongelamento, mantê-los sob refrigeração até o final do processo de degelo;

– Os alimentos preparados devem ser consumidos na hora e, logo após o consumo, guardá-los imediatamente em refrigeradores em recipientes fechados;

– Observar alterações nas características dos alimentos, tais como alteração na cor, odor, sabor e textura;

– Observar o aparecimento de fungos/bolores, pois estes microrganismos se desenvolvem melhor em temperaturas entre 25º C e 30º C;

– Fazer refeições leves, pouco condimentadas.

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