A imprensa internacional deu destaque ao pedido de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos Estados Unidos, o “The New York Times” traz reportagem da agência Associated Press (AP), afirmando que a ordem dá “um grande golpe ao outrora líder amplamente popular que estava tentando montar um retorno político antes das eleições de outubro.”
“The Washington Post” analisou, no título, que a prisão de Lula vai mergulhar o país em um caos político tendo à frente a eleição presidencial.
Na Europa, a manchete da versão online do francês “Le Monde” destaca que Lula é um “ícone da esquerda brasileira”, e que o juiz Sérgio Moro proibiu o uso de algemas no ex-presidente.
O periódico inglês “The Times” usou a foto de uma manifestação pró-Lula para ilustrar a reportagem e citou que a prisão é provavelmente o fim da carreira política do ex-metalúrgico.
O “The Times” destacou a liderança nas pesquisas presidenciais, apesar da condenação e de outras acusações.
A “BBC” trouxe o argumento de que a prisão tem motivação política para impedir que ele concorra a presidente da República.
O “Rússia Today” também estampa uma das chamadas de capa com manifestação a favor de Lula. E menciona a proibição do uso de algemas no ex-presidente, segundo o site, para não acirrar os ânimos na sociedade. Também cita a popularidade de Lula e a aparente saída da disputa eleitoral.
Em Portugal, grandes jornais como o “Diário de Notícias” e “O Público” trazem o pedido de prisão como manchete e o jornal espanhol “El País” lembra que Moro não esperou nem 24 horas desde a decisão do Supremo Tribunal Federal para decretar a prisão.
Na África, noticiários de vários países também trouxeram a notícia. No “Jornal de Angola”, Lula é a manchete, e no “Novo Jornal”, do mesmo país, se discute os últimos recursos jurídicos que podem ser apresentados pela defesa para adiar a prisão.
