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Decisão dos EUA sobre Jerusalém destoa da ONU, dizem europeus

A decisão de Donald Trump de reconhecer unilateralmente Jerusalém como capital de Israel não está conforme as resoluções do Conselho de Segurança – afirmaram nesta sexta-feira (8) os embaixadores de França, Reino Unido, Itália, Suécia e Alemanha.
Ela não favorece a perspectiva de paz na região, acrescentaram os diplomatas em uma declaração solene após uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.
Estamos em desacordo com a decisão dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e de iniciar os preparativos para mover a embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém, continua a declaração.
O status de Jerusalém deve ser determinado por negociações entre israelenses e palestinos, que devem alcançar um acordo sobre o estatuto final, disseram.
Os embaixadores também pediram que todas as partes e todos os atores regionais trabalhem em conjunto.
Nesse contexto, os cinco diplomatas ressaltaram que Jerusalém deverá ser a capital de dois Estados – Israel e Palestina. Na ausência de um acordo, não reconhecemos nenhuma soberania sobre Jerusalém.
De acordo com o Direito Internacional e com as respectivas resoluções do Conselho de Segurança, principalmente as resoluções 476, 478 e 2334, consideramos Jerusalém Oriental como parte dos territórios palestinos ocupados, alegaram.
Um acordo sobre as fronteiras de dois Estados deve se estabelecer com base nas linhas de 4 de junho de 1967, em vigor antes da Guerra dos Seis Dias, reforça o texto.
A União Europeia não reconhecerá qualquer mudança sobre as linhas de 1967, incluindo as que afetam Jerusalém, salvo as acordadas pelas partes, insistiram.
Os embaixadores europeus disseram ainda que estão prontos para colaborar para relançar o processo de paz e pediram ao governo americano que faça propostas detalhadas para alcançar um acordo entre palestinos e israelenses.




