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Após rebeliões, governo estuda terceirizar administração de presídios de Goiás

Após três rebeliões em menos de uma semana, o diretor Geral de Administração Penitenciária, o coronel Edson Costa, afirmou, nesta quarta-feira (10), que o governo pode terceirizar a gestão de alguns serviços nos presídios de Goiás. Em entrevista à TV Anhanguera, nesta quarta-feira (10), o coronel afirmou que áreas como saúde, telefonia e administração, podem ser geridas por meio de Organizações Sociais (OSs).

“É importante que tenhamos a visão daquilo que é efetivamente operacional, que é atividade fim, que é de responsabilidade do Estado. Agora Saúde, administração, atendimento de telefone, secretária, todo este serviço nós estamos levantando e ele pode ser terceirizado no sentido de viabilizar que a mão de obra profissional, estes homens que são contratados e são preparados para atuarem na carceragem do sistema prisional, possam realmente ser deslocados para este serviço”, disse o coronel.

Segundo o diretor, medidas como a transferência de presos perigosos para presídios federais, atendendo à determinação da Justiça Federal, bem como a intensificação de vistorias por parte da Administração Penitenciária e os mutirões carcerários previstos pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) devem melhorar o cenário no sistema prisional.

As medidas foram definidas após visita a Goiânia da ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela, que a princípio visitaria o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde rebeliões deixaram 9 mortos e 14 feridosdesistiu da vistoria “por questões de segurança”.

Apesar disto, o coronel Edson Costa reafirmou que o Estado mantém o controle do Complexo Prisional. “Apesar das consequências, nós mantivemos o controle e podemos afirmar para a sociedade que, apesar das dificuldades, nós temos o controle dos presídios”, reforçou.

O coronel disse ainda que, em reunião, na terça-feira (9), com o ministro da Justiça, Torquato Lorena Jardim, o governador Marconi Perillo pediu mais recursos para sanar os problemas carcerários no estado.

“Esse é um problema crônico do país, não é de Goiás, ela continua e precisa de muito recurso. Os problemas no sistema prisional não se resolvem com pouco dinheiro, o investimento é alto”, disse.

Presos fazem rebelião na Colônia Agroindustrial em Aparecida de Goiânia Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Presos fazem rebelião na Colônia Agroindustrial em Aparecida de Goiânia Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Presos fazem rebelião na Colônia Agroindustrial em Aparecida de Goiânia Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Crise no sistema

Até a manhã desta quarta-feira, 71 presos continuavam foragidos do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, em virtude das fugas durante as rebeliões ocorridas na última semana. Revistas após as três ações dos presos encontraram seis armas de fogo.

 Após rebeliões, ministra Cármen Lúcia visita Goiás para vistoria em presídio (Foto: Vitor Santana/G1) Após rebeliões, ministra Cármen Lúcia visita Goiás para vistoria em presídio (Foto: Vitor Santana/G1)

Após rebeliões, ministra Cármen Lúcia visita Goiás para vistoria em presídio (Foto: Vitor Santana/G1)

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