Economia
Câmbio na semana: Dólar contido, Selic em 2026 e olhar para o Exterior

O início desta semana foi marcado por um menor volume de negócios no mercado cambial, em função do feriado, o que contribuiu para uma volatilidade contida no preço do dólar. A moeda americana apresentou estabilidade frente ao real, refletindo o clima mais cauteloso dos investidores, além do impacto do cenário externo sobre as expectativas internas. Esse movimento indica que traders e agentes econômicos seguem monitorando fatores globais e aguardam definições mais claras antes de tomar novas posições relevantes.
No cenário internacional, o índice DXY do dólar se mantém consolidado, influenciado principalmente pela tendência de desinflação nos Estados Unidos e por dados de emprego mistos. Embora o mercado de trabalho norte-americano mostre certa resiliência, alguns indicadores sugerem desaceleração, o que diminui a pressão para altas adicionais de juros pelo FED. Esse ambiente contribui para uma postura menos agressiva em relação ao dólar, com efeito direto na dinâmica das moedas emergentes e, consequentemente, nos mercados brasileiros.
A estabilidade das moedas asiáticas nesta semana reforça a tendência de acomodação global. Os principais pares do dólar no continente pouco oscilaram, mesmo após ganhos recentes da moeda norte-americana. Esse quadro revela uma busca generalizada por equilíbrio antes de novas divulgações econômicas relevantes, sustentando o ambiente de incerteza moderada no câmbio internacional. Assim, eventos na Ásia ajudam a manter o real em patamares estáveis, com os operadores atentos à movimentação global de fluxos cambiais.
No Brasil, o relatório Focus revelou que o mercado mantém a projeção da Selic em 12,25% para 2026, apontando para um ciclo de cortes de juros gradual e cauteloso. Esse panorama reforça a necessidade de acompanhar de perto os desdobramentos do cenário externo, já que decisões de política monetária no exterior seguem interferindo diretamente nos ativos brasileiros, incluindo o câmbio. Diante disso, o investidor deve seguir atento à evolução dos dados econômicos globais, que seguem orientando o rumo dos mercados domésticos.




