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Piancó registra baixa em Anápolis, mas Saneago assegura abastecimento regular
Vazão do manancial chegou próxima ao nível de alerta. Reservatórios também operam com índices reduzidos

O Ribeirão Piancó, principal fonte de abastecimento de Anápolis, apresentou queda significativa na vazão nesta quinta-feira (11), chegando a 464 litros por segundo às 17h, conforme dados divulgados pela Saneago. O volume ficou próximo ao limite estabelecido como “Nível de Atenção”, que é acionado quando o índice atinge menos de 430 litros por segundo. Abaixo de 415 l/s a situação é considerada “Crítica” e, abaixo de 220 l/s, “Altamente Crítica”.
Embora a redução seja comum no período de estiagem, os números chamam a atenção por causa do impacto que podem ter no abastecimento. A preocupação aumenta diante da situação dos reservatórios da cidade.
Segundo a companhia, a maioria está com níveis inferiores a 90%. O sistema Vivian Parque/Munir Calixto opera com 72% da capacidade, os sistemas independentes, como poços artesianos, marcam 68%, o Alexandrina/Cidade Universitária registra 65% e o Centro/Jundiaí funciona com 50%. O caso mais delicado é o do Fabril/Santa Maria de Nazareth, que chegou a constar no site da empresa com apenas 1% de armazenamento.
A Saneago, no entanto, afirmou que a medição eletrônica do sistema apresentou inconsistências e que o índice real do Fabril/Santa Maria é de 34%. A companhia informou ainda que irá corrigir a falha.
Mesmo diante da queda nos volumes, a concessionária garantiu que não há risco de desabastecimento neste momento. O Sistema Piancó, que responde por 83% do fornecimento de água da cidade, é formado por três captações (Piancó, Anicuns e Capivari). As estruturas de Capivari e Piancó 2 funcionam como reforço no período de estiagem, mas ainda não precisaram ser acionadas neste ano.
O restante da população anapolina é abastecido pelo Sistema Daia, sob responsabilidade da Codego, que cobre 16%, além dos sistemas independentes, responsáveis por 1%. De acordo com a Saneago, Anápolis tem 100% da população atendida com água tratada, o que corresponde a quase 400 mil habitantes. A distribuição é feita por meio de 2.170 quilômetros de redes, extensão comparada a uma viagem entre Anápolis e Fortaleza (CE).



