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Repatriação de capitais aos EUA gerará grande alta do dólar, diz WSJ

Nova York, 25 dez (EFE).- A possível repatriação de até US$ 400 bilhões que as companhias americanas têm fora dos Estados Unidos gerará uma grande alta no dólar no início de 2018, informa nesta segunda-feira o The Wall Street Journal (WSJ).

O jornal analisa o impacto que a decisão do governo de Donald Trump de fixar uma taxa de 8% a 15,5% sobre os capitais de empresas americanas que queiram repatriá-los pode ter sobre o valor do dólar.

Esse imposto, que será aplicado uma só vez, procura favorecer as empresas que levam para fora dos EUA suas sedes fiscais ou os seus negócios para aproveitar uma carga tributária menor em outros países.

Os cálculos indicam que esses fundos podem ser de US$ 1 bilhão e US$ 3 bilhões, mas dados citados pelo WSJ indicam que o retorno será de US$ 200 bilhões a US$ 400 bilhões.

De acordo com o jornal, muitas empresas optarão por vender ou converter em dólares ativos fora dos EUA para repatriá-los, o que gerará uma demanda adicional de moeda americana pelo menos na primeira parte do ano.

Segundo o Bank of America Merrill Lynch, no primeiro trimestre do ano o euro pode chegar a ter um valor de US$ 1,10, frente ao valor de US$ 1,1862 do fechamento da última sexta-feira.

Cálculos do grupo bancário JPMorgan citados pelo WSJ confirmam essa apreciação do dólar na primeira parte do ano, embora na projeção para o final de 2018 o euro chegará até US$ 1,30.

A reforma impulsionada pela Casa Branca reduz de 35% para 21% o imposto aplicado sobre os lucros corporativos. Trump veio insistindo na necessidade de cortar os impostos sobre estes lucros para evitar a fuga de empresas. EFE

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